RESENHA: DE VOLTA AO BAILE


SINOPSEStephanie era uma líder de torcida que tinha a vida perfeita até sofrer um acidente e ficar em coma durante 20 anos. Deslocada, ela volta à escola para continuar sua adolescência de onde parou. Mas se adequar aos tempos modernos não é nada fácil.

Já adianto aqui para você não ir assistir o filme com muitas expectativas, não que seja um filme ruim, mas também não é o melhor de todos. Essa resenha NÃO CONTÉM SPOILERS.

Aqui temos um mix entre o clichê antigo dos anos 2000 com uma coisa mais atual, moderna e com diversidade. Assim, o filme começa meio que no fim para o começo, mostrando como que a Steph chegou aquela situação para estar fazendo a live no instagram.

Steph é uma garota australiana, com sotaque forte (quem não tem sotaque, né?), que se muda para os Estados Unidos e acaba sofrendo bullying por conta disso. Então temos o clássico grupinho dos "excluídos" e os "populares". Steph cansou de se sentir excluída e aquilo estava afetando demais a auto estima dela, até se considerando uma "menina feia" por conta disso, jovens são cruéis e, para mudar isso, ela começa a criar o que seria o plano de vida perfeita. A partir daí, ela começa a realmente ter e fazer acontecer as coisas que ela deseja para se tornar popular e, de certa forma, excluindo os amigos "esquisitos" da maioria de suas atividades diárias - isso vai ser trabalhado mais para frente. 

Para complementar temos aquela clássica garota invejosa, a Tiff, que vai fazer de tudo para destruir o que a Steph está construindo. Por conta dessa rivalidade, a Tiff planeja ocasionar uma acidente na apresentação das líderes de torcida. Graças a esse acidente, Steph perde 20 anos de sua vida ficando em coma, não conseguindo alcançar seus planos quando possuía 17 anos. 

Assim, fazendo as contas, ela irá acordar do coma ao 37 anos. A diferença é que ela acorda desse coma com a mentalidade de 17 anos, ou seja, todos seguiram em frente com suas vidas, enquanto ela "estagnou".  Ao acordar, ela começa a querer refazer todos os planos que ela tinha antes de entrar em coma: ser a rainha do baile. 

Porém, temos um empecilho de que o mundo em 20 anos evoluiu muito. Se ultimamente 1 ano está fazendo uma grande diferença, quem dirá 20 anos! Então vamos lidar com Steph querendo se encaixar nessa divergência e colocando ela mesma como a prioridade, esquecendo um pouco das considerações de seus verdadeiros amigos, que uma vira até a DIRETORA da escola.

Vamos pensar que é uma pessoa de 37 anos no ensino médio! Uma pessoa de 37 anos com mentalidade de 17 fazendo um monte de cagada juvenil, esquecendo de amadurecer e perceber que não está mais na época do ensino médio, querendo competir com os jovens e lidar com as novidades do mundo tecnológico, como o Instagram, e sua popularidade estar ligada com seu número de seguidores. 

PS: além disso, vemos a infantilidade entre o ""triângulo amoroso""" entre Tiff, Steph e Blane (?). Tiff quis ostentar que conseguiu a vida que a Steph planejava com o cara que ela gostava e passa a agir como se tivesse 17 anos novamente quando descobre da volta da Steph para o ensino médio. Ademais, Tiff coloca toda a sua frustação da adolescência na sua filha, até chantagem ela fez com a menina. Vemos duas "adolescentes" - steph, tiff - infantis demais. 

Considerações extras:

O filme NÃO irá comentar em momento algum sobre o acidente e isso me incomodou um pouco, porque uma pessoa fica em coma por 20 anos e não tem o mínimo interesse de saber como aconteceu o acidente (ou a polícia investigar), já que mostra claramente no vídeo que viralizou, que foi uma queda intencional (só não vê, quem não quer). 

Outra coisa que eu achei levemente estranho: como que uma pessoa que fica EM COMA POR 20 ANOS, levanta como se nada tivesse acontecido, faz acrobacias de líder de torcida, flexibilidade de milhões e vivendo a vida loucamente como se não houvesse amanhã. Como é um filme que não se pode exigir muito de contexto, eu deixei isso passar.

Eu gostei, achei interessante a premissa, um bom filme para assistir num dia chuvoso ou no domingo com uma pipoquinha! Não tem um tema muito complexo e é fácil de entender, misturando os clichê dos anos 2000 de líder de torcida com o mundo atual de 2022.

Nota: 3/5

Data que assisti: 04/06/2022


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